Recapitulemos: amanhã, às 10:30, vai “ocorrer o accionamento do botão”, e todos sabemos o quão importante é accionar um botão.
Este accionamento vai ocorrer sem que “nenhum ser vivo, nenhuma pessoa ou nada possa ser afectado pela implosão”. Estava particularmente preocupado com o nada. Assim estou mais descansado.
Depois, “30 segundos antes da implosão, haverá um toque contínuo de 20 segundos. Aos 10 segundos começa a contagem decrescente…há o zero…e depois aguardamos 5 segundos”. Ou seja, vai demorar 35 segundos. 20 + 10 + 0 + 5 = 35. Isto se não acontecer nada de anormal entre os 10 segundos, a contagem decrescente e o acontecer do zero. Pelo sim, pelo não, aguarda-se mais 5.
A seguir, a Sónia explica-nos que "o prédio roda, e depois implode", ao bom velho estilo do Exorcista e avançamos para a explicação da técnica que vai ser utilizada na implosão. “A técnica que vai ser utilizada, portanto, é o colapso integral, orientado segundo uma determinada orientação para permitir que o centro de gravidade do edifício seja alterado para o seu interior sul”. Portanto, vai ser orientado segundo uma determinada orientação. Tipo aquela. Ali virada para o interior sul. Como quem vem de Ranholas e corta à direita na rotunda.
E depois chega o grande final: “No solo há cerca de 10 pisinas (que para quem não sabe, são o equivalente dos moradores do Aleixo às habituais piscinas), cujo efeito é permitir a criação de uma cortina esendente (ou seja, que esende segundo uma determinada orientação para o interior sul) que também vai absorver as poeiras e que ocorrerá antes da queda do colapso do edifício”. E aqui confesso que fiquei mais aliviado. Ainda bem que as poeiras vão ser absorvidas antes da queda do colapso, porque se isto só acontece depois do colapso da queda, aí é que estávamos todos fodid**.
Abraços
1 comentário:
Lindo! São só engenheiros neste país...
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