sábado, 29 de outubro de 2005

Capuchinho Encarnado - Parte II

Ao chegar a casa da avózinha, o lobo bateu à porta, e tentando o mais possível disfarçar a sua voz para se parecer com a do Capuchinho Encarnado, disse aquilo que achava que ela diria numa situação destas, “Abres ou não abres a porta sua velha estúpida? Não tenho o dia todo pá...ainda quero ver se tenho tempo para ir à Bershka ver se já chegou a nova colecção”. “Estava a ver que nunca mais chegavas...a porta está aberta, e espero bem que tenhas trazido Camel, porque senão voltas para trás”, respondeu a avózinha querida. O lobo empurrou a porta e entrou para o interior da modesta habitação. Como lobo metro que era, mal viu a mobília horrorosa que a velhota tinha, pensou para com ele, que só alguém com muito mau gosto poderia viver numa casa com cortinados amarelos e tapetes vermelhos. “E se te despachasses a dar-me o que te pedi para me trazeres hum?”, disse a avózinha. “É para já!” E dizendo isto, o lobo saltou para cima da cama gritando, “Vou-te comer! Ha, ha, ha!!!”, “Há anos que não ouvia alguém dizer-me isso netinha...não sabia que também alinhavas nesse tipo de brincadeiras...mas e agora, isso é só uma promessa ou vais mesmo limpar as minhas teias de aranha com o teu mini-aspirador?” Estas foram as últimas palavras da avózinha querida.
Ainda a curtir a sua tripe de cogumelos mágicos, o Capuchinho Encarnado aproximava-se cada vez mais da casa da sua avó sem sequer imaginar o que tinha acontecido e o que a esperava. Ao chegar finalmente à porta disse, “Abres ou não abres a porta sua velha estúpida? Não tenho o dia todo pá...ainda quero ver se tenho tempo para ir à Bershka ver se já chegou a nova colecção”. “Alto déja vu”, pensou o lobo, e mandou o Capuchinho entrar. Quando o Capuchinho Encarnado entrou, o lobo, agora disfarçando a sua voz de avózinha, pediu-lhe que se deitasse ao seu lado porque estava com frio e precisava do seu calor. Capuchinho, até porque se queria despachar o mais rapidamente possível, alinhou e deitou-se ao lado do que ela pensava ser a sua avó. “Podes-te chegar mais perto...tomei banho na semana passada!”, exclamou o lobo. “Claro que sim avózinha, claro que sim...”, respondeu Capuchinho. Ao encostar-se à “avózinha”, o Capuchinho notou algo de diferente, “Tás cá com uns braços! Tens andado a encher avó?” “Sim netinha querida”, disse quase sussurrando o lobo, “Entrei agora para o ginásio da floresta, o Verão está quase a chegar e quero queimar umas calorias, e como é óbvio, assim consigo abraçar-te melhor” “E pelo que estou a sentir, nessas pernocas também já se notam umas melhorias...sim senhora!”, disse uma surpreendida Capuchinho. “E agora que estou a olhar bem para ti, estás cá com umas orelhas...! E esses olhos? O que é que andaste a fumar avó? O tamanho desses olhos não engana ninguém...a mãe sabe disto? E esses dentes gigantescos? Já pensaste em pôr uma placa ou mesmo um aparelho? Eu sei que já deves estar quase a bater a bota mas um investimento pessoal, é sempre um investimento pessoal. E que coisa gigantesca é esta que tem aqui no meio das suas pernas avózinha? Está-me a deixar mesmo muito curiosa...grrrrrrrrr”. “Ouve lá sua badameca, não tenho culpa de ter as orelhas grandes, se calhar se não as tivesse assim tão grandes, não te conseguia ouvir tão bem, o que seria uma pena...quanto ao facto de ter os olhos “tão grandes” como tu dizes, é porque comecei esta semana a usar lentes de contacto para te ver melhor, e os olhos ainda não se habituaram. No que diz respeito ao tamanho abismal dos dentes e de tudo o resto que referiste, bom, é desse tamanho para te conseguir comer melhor!”, exclamou um lobo entusiasmado. “Oh, avó...adoro quando falam assim comigo...come-me...COME-ME AGORA!” Ao mesmo tempo que a jovem de 14 anos proferia estas palavras, o lobo abria a sua gigantesca boca e comia a pequena Capuchinho Encarnado de uma só vez. Satisfeito com a sua refeição, o lobo acendeu um cigarro. Depois de fumar o seu Camel, decidiu dormir uma soneca para repor algumas energias.
(Fim da Segunda Parte)
Abraços.

sexta-feira, 28 de outubro de 2005

Capuchinho Encarnado

Era uma vez uma jovem mulher de 14 anos que recebeu como prenda de Natal da sua avó, um capuz encarnado e um par de meias brancas com umas raquetes a dizer “sport”. Numa bela tarde de Domingo, a mãe dessa jovem, divorciada, 38 anos alcoólica em tratamento, recebeu uma chamada da sua mãe, dizendo que os cigarros e o vinho tinto se tinham acabado, e que não lhe apetecia nada sair de casa para os ir comprar porque estava meio engripada e havia uma aragem fria na rua. Como tal, a mãe da jovem mulher de 14 anos, mandou a sua filha, entregar a encomenda à avó, e como tinha ouvido na televisão que existia a probabilidade da ocorrência de aguaceiros em todo o território continental, mandou a filha levar o capuz encarnado vestido para não se constipar. A filha não era grande fã daquele capuz, o que ficou comprovado quando ela disse, “Não vou levar aquele pedaço de merda encarnada vestida...não vou já disse...se alguém lá da escola me vê com aquilo vestido sou gozada e se calhar ainda levo na tromba...”. A mãe, que não gostava nada daquele tipo de linguagem, repreendeu-a logo de imediato dizendo, “Mas que merda de linguagem vem a ser esta, hã?! Vais levar isto vestido com um sorriso nos lábios, depois vais pedir dinheiro à tua avó e quando voltares ainda vais passar pelo Intermarché e vais-me trazer uma litrosa, estamos entendidas?! Dasssse...a Joana bem me disse que não te devia ter tido...filhos só trazem despesas e problemas...Ah, e já agora, põe-te a falar com estranhos, põe...eu sei bem a galdéria que tu és...Vá, põe-te a caminho. Adoro-te filhota linda”.
Por não querer revelar a sua verdadeira identidade, vou apelidar a jovem mulher de 14 anos de “Capuchinho Encarnado”. Bom, depois daquela azeda troca de palavras com a sua mãe, o Capuchinho Encarnado pôs-se a caminho da casa da avó com a encomenda que tinha para ela. Cansada de tanto andar, isto porque a sua mãe tinha gasto o dinheiro para o passe do autocarro em álcool, decidiu fazer um desvio pela floresta para poupar tempo e também para fumar um charro. Enquanto estava recostada a uma árvore a apreciar o seu charro, um lobo aproximou-se sorrateiramente dela, mas esta, pensando ser um efeito do que estava a fumar, não ligou. O lobo, ao chegar perto da jovem disse, “Ouvi dizer que já tens pelinhos e que está mais do que na hora de lhe começar a dar banana...”. O Capuchinho Encarnado não gostou muito daquele comentário sexista e retorquiu, “És um lobo muito ordinário não és? Deves mesmo pensar que consegues pôr as tuas garras neste corpinho...vai sonhando”. “Por acaso pensei”, disse o lobo. “Ar de puta é o que não te falta...Olha lá sua rameirinha, o que é que levas dentro dessa cesta?”. “Deves ter muito a ver com isso”, respondeu o Capuchinho, mas o lobo insistiu, “Vá lá...não sejas coninhas, diz lá o que levas aí dentro...”. “És chato como a merda sabias? São só umas coisas que a minha mãe pediu para levar à estúpida da minha avó que mora sozinha numa casa minúscula no meio do nada, onde qualquer pessoa ou animal que lhe queira fazer mal pode ir porque não existe ninguém num raio de 50 kms para a ouvir gritar”, respondeu relutantemente a pequena Capuchinho. O lobo, vendo ali uma óptima oportunidade para realizar o sonho de todos os animais, comer duas mulheres ao mesmo tempo, despediu-se à pressa da jovem que tinha acabado de encontrar dizendo que o Benfica ia dar na televisão, e pôs-se rapidamente a caminho da casa da avózinha de modo a conseguir chegar lá antes da neta. A Capuchinho por seu lado, apanhou uns cogumelos na floresta e deixou-se ficar a tripar mais um bocadinho.
(Fim da Primeira Parte)
Abraços.

terça-feira, 25 de outubro de 2005

As aves andam constipadas...ou será que não?!

Em Santa Maria da Feira apareceram misteriosamente várias galinhas mortas. Especulou-se muito se este seria o primeiro caso de gripe das aves em Portugal ou se seria uma mera constipação, e como tal, e para mostrar a verdade ao povo português, entrei em contacto com algumas pessoas que conheço no CSI, ou PJ em português, e tive acesso ao relatório da autópsia dos galináceos. Num rigoroso exclusivo do meu prédio, estou em condições de garantir que a morte daquelas aves nada teve a ver com a gripe das aves, mas tratou-se sim, de um suicídio colectivo orquestrado pelo galo-mor após ter ouvido no rádio do seu dono, que os Delfins vão lançar um disco novo no final deste mês. Num bilhete encontrado no galinheiro, as galinhas escreveram, “Por favor impeçam o Miguelângelo de fazer o que ele tem planeado...por favor...antes que ele decida fazer um dueto com o Rui Reininho ...”
Abraços.

segunda-feira, 24 de outubro de 2005

"És um coninhas!"

Hoje, só porque eu disse que o Poupas devia estar a ser discriminado pelo restante elenco da “Rua Sésamo” por causa desta história da gripe das aves, chamaram-me “coninhas”. Quem é que decidiu que “coninhas” devia ser um insulto? E será que no processo de escolha tiveram em linha de conta expressões como “ratinhas”, ou “paxaxinhas”, ou mesmo o super fofinho “gretinhas”?
Abraços.

domingo, 23 de outubro de 2005

I´m lovin` it!

O McDonalds tem uma nova promoção para os seus clientes: quem descobrir um empregado branco num dos seus restaurantes, ganha de imediato um Menu Big Mac completamente grátis.
Abraços.

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

ADRIAAAAAN...!

Sylvester Stallone vai regressar aos ecrãs de cinema com “Rocky 6”. A rodagem do sexto filme da saga do boxeur começa em Dezembro em Los Angeles e desta vez, o filme mostra como o solitário Rocky Balboa combate a osteoporose e o reumatismo. Em “Rocky 6”, podemos contar ainda com o típico combate vintage do senhor Balboa, ou seja, o Rocky leva na tromba forte e feio e consegue recuperar mesmo no final do combate, somando vitórias atrás de vitórias até ao combate pelo titulo frente ao seu novo arqui-inimigo, a doença de Parkinson.
Abraços.

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Vergonha

Logo após a derrota do Sporting com a Académica, dois dirigentes leoninos disseram que foram ao balneário da sua equipa e viram, e passo a citar, “um balneário destroçado e vergonha nos olhos de todos os jogadores.”
Foi também noticiado que nessa mesma noite, o roupeiro Paulinho deu entrada nas urgências do Hospital São José aparentemente com dores nas costas e sem se conseguir sentar.
Abraços.

sábado, 15 de outubro de 2005

"Bi Bi"

Adoro a “Metro TV”, aquele canal de televisão que podemos ver nas estações do Metro. Para além da excelente programação composta essencialmente de pequenos noticiários, boletins meteorológicos e publicidade ao cd do Russel Watson e dos Il Divo, hoje reparei que também passam desenhos animados. Mais precisamente desenhos animados do Coyote e do Road Runner. Sou fã de desenhos animados desde que era da altura do João Pedro Pais e mesmo agora que sou mais crescido continuo fã. Sempre gostei do Coyote e do Road Runner mas nunca, até hoje, me tinha apercebido da mensagem subliminar que estes desenhos animados queriam transmitir. O Road Runner diz “Bibi” quando está a fugir do Coyote. Querem uma prova mais cabal de que existe pedofilia na animação para crianças? Existem de facto algumas questões para as quais faltam respostas: para além de dizer “Bibi”, o Road Runner está sempre a fugir. Claramente um sinal de alguém que tem medo. Terá o Road Runner sido molestado sexualmente pelo Bibi? Terá o Road Runner frequentado a Casa Pia? Porque é que ele não diz mais nada para além de “Bibi”? Terá medo de represálias? E porque é que o Coyote quer a todo custo matar o pequeno Runner? Será uma tentativa desesperada de eliminar esta potencial testemunha do Processo Casa Pia? Será que o senhor Coyote é de facto o Bibi disfarçado? Se for, porque é que escolheu o fato de Coyote? Porque não optou antes por se disfarçar de cão da pradaria, castor ou mesmo de Bota Botilde?
Abraços.

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

"Last days"

Estreou ontem nas nossas salas de cinema o filme, “Last Days” que retrata os últimos dias de uma estrela da música e os acontecimentos que o podem ter conduzido ao suicídio. Ontem na RTP Memória vi algo parecido. A Cândida Branca Flor no programa “Com a verdade me enganas”.
Abraços.

Fado

Há uma loja de discos na Baixa (de Lisboa) especializada em fado. Na montra tem até um poster gigante da Amália. Embora eu já andasse a estranhar a sua ausência, não sabia que ela ia lançar um disco novo.
Abraços.

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

"Os cães fazem ão, ão, mas a auto-casa continua o seu caminho"

Hoje no comboio ouvi uma senhora que ia sentada à minha frente dizer, “os cães ladram, mas a caravana passa”. Eu já ouvi este provérbio algumas vezes mas nunca me interroguei acerca do seu significado. Porque é que os cães ladram? Quantos cães é que ladram? De que raça são estes cães? De quem são os cães? Que tipo de caravana é? Será uma topo de gama? Quem é que vai lá dentro? Serão imigrantes ilegais? Que mercadoria leva? Para onde vai esta caravana? De onde veio? Porque é que o atum Bom Petisco é tão saboroso?
Abraços.

domingo, 9 de outubro de 2005

Arca de Noé

Eu tenho uma teoria acerca da Arca de Noé. Não, não é a de que Fialho Gouveia deveria voltar a apresentar um programa com aquela qualidade porque ele merece que lhe dêem uma oportunidade para regressar à televisão...A minha teoria acerca da Arca de Noé, é a de que o senhor Noé nunca teve como plano inicial levar dois exemplares de cada espécie para a sua arca para os salvar da Grande Inundação. O seu plano inicial consistia em levar três exemplares de cada espécie a viajar na sua arca. Não para os salvar da “tal” inundação, mas antes para ver se algum dos animais alinhava naquele tipo de brincadeiras a três dando assim um novo sentido à frase, “vamos fazer amigos entre os animais...”
Abraços.

sexta-feira, 7 de outubro de 2005

"Estão a chover homens!!!"

Hoje pus-me a ver a VH1, e no meio de clássicos viris e bem masculinos como a “YMCA” dos Village People e a “Stayin Alive” dos Bee Gees, passou a música “It´s raining men” das Weather Girls. Se no primeiro e no segundo caso consigo compreender mais ou menos o porquê dos títulos das músicas, no caso da “It´s raining men”, a única explicação que me ocorre para alguém poder ter dado a uma música o titulo “Estão a chover homens”, é o facto das autoras terem passado por baixo de um prédio em construção e nessa mesma altura os senhores que lá trabalhavam terem começado a fazer o auto-amor para cima delas.
Abraços.

terça-feira, 4 de outubro de 2005

"Lava-me porco!"

Ao passar hoje por um carro que estava estacionado em Benfica, qual não foi o meu espanto quando reparei que este tinha a frase, “Lava-me porco” escrita no vidro de trás! Este carro tinha também uma cópia do livro “Sem açúcar, com afecto” do Nuno Homem de Sá no banco da frente...mas como é óbvio, apenas uma dúvida se alojou na minha mente nesse instante, “Quem será a pessoa que escreve isto em todos os carros do país...e porque é que alguém comprou o livro do Nuno Homem de Sá? E já agora, porque é que ele se chama Nuno Homem de Sá?” Enfim...de volta à mensagem...é que eu já vi aquela mesma mensagem escrita num automóvel em Barcelos, noutro em Lomba da Avó e ainda uma outra vez numa carrinha em Ranholas, e isto só para referir alguns sítios. Será que a pessoa que insiste em escrever aquela mensagem se considera uma espécie de super herói que tem como missão proteger os carros do pó e do cocó dos senhores e das senhoras passarinhas? Será que essa mesma pessoa anda por aí vestido(a) de Elefante Azul e os seus super poderes são a potência do seu aspirador portátil, o detergente especial de lavagem auto e o pano que não risca a pintura?
Abraços.

domingo, 2 de outubro de 2005

Peço desculpa...

Gostaria de me juntar à onda de desculpas públicas iniciada pelos treinadores do FC Porto e do Sporting CP e pedir desculpa à população portuguesa pelo facto de João Pedro Pais estar em estúdio a gravar um novo álbum. Gostava também de pedir desculpa pelo facto da Valentina Torres aparecer todos os dias nas vossas televisões...por vezes em trajes menores.
Abraços.