quarta-feira, 18 de março de 2009

"Discriminação racial positiva"

Depois da polémica em torno da “discriminação racial positiva” (expressão de Margarida Moreira, Directora Regional de Educação do Norte), que uma turma de 17 alunos ciganos está a viver ao ter aulas num barracão isolado do resto dos alunos numa escola de Barcelos, soube-se hoje que uma aluna de uma escola de Ponte de Sor no Alentejo, está a ser vitima de discriminação pelo simples facto de estar possuída pelo Diabo. O Conselho Executivo rendeu-se aos factos e afirmou que não está a conseguir satisfazer as Necessidades Educativas Especiais de todos os alunos possuídos pelo Diabo ao, por exemplo, não conseguir passar as camas onde eles estão atados, pelas portas das salas. Acusada de discriminação pela comunidade escolar, a presidente do Conselho Executivo, Elmira Raposo, defendeu-se dizendo, “Somos uma escola multi-étnica e tentamos satisfazer as necessidades das várias religiões e etnias dos nossos alunos. O problema aqui prende-se com o facto de não termos orçamento suficiente para diariamente pagar o valor dos vidros estilhaçados e da mobília partida resultante do processo educativo de um aluno possuído pelo Diabo. As nossas salas simplesmente não estão prontas para exorcismos e muito menos os nossos professores.”
Após dois anos de uma dura batalha judicial com a Direcção Regional de Educação do Alentejo, a mãe da aluna em questão afirmou ao 24 Horas que o senhor António, o professor de Educação Visual e Tecnológica, nunca gostou da sua filha. Mais. Declarou ainda que esse ódio começou a partir do momento em que ela lhe vomitou liquido verde para os olhos e depois lhe tentou arranhar a cara quando estavam a desenhar linhas paralelas, acabando por dizer que aquele homem é preconceituoso para com as crianças possuídas pelo Diabo.
Embora a escola tenha sido advertida para fazer adaptações de modo a acomodar este tipo de alunos, a autoridade educativa local ainda está a debater se a levitação ou a aptidão para rodar a cabeça 360 graus pode dar alguma vantagem a estes alunos quando estiverem a fazer um exame.
No que diz respeito aos outros alunos, esta criança foi bem aceite. “Ela é porreira”, disse António Martinho, um dos seus colegas de turma. “De vez em quando ela grita com os professores, diz asneiras e bolsa um bocadinho, por isso ela encaixa-se perfeitamente com o resto dos colegas.”
Abraços.

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