segunda-feira, 30 de maio de 2005

Recordações

Acho que sempre fui um noctívago. Quando era pequenino, detestava quando os meus pais me obrigavam a ir para cama cedo. Discutia quase sempre com eles...e perdia essa discussão. Mas, a meio caminho do meu quarto, eu parava sempre, voltava-me para trás e dizia, “vocês podem obrigar-me a ir para a cama, mas não podem obrigar-me a dormir, ha, ha, ha!!!” Esta seria uma óptima afirmação se o meu pai não fosse anestesista no Hospital São José. Uma pequena dose de pentanol de sódio e eu adormecia que nem uma pedra. A minha mãe aparecia no quarto umas horas mais tarde para me aconchegar e também para verificar se estava tudo bem com o tubo do soro e para controlar o meu ritmo cardíaco no monitor ao lado da cama. Éramos tão felizes...só de pensar nisso, dá-me vontade de verter uma lágrima...pronto, já está...verti uma lágrima...bolas...
Abraços.

2 comentários:

Paulo Rodrigues disse...

Tantas foram as quedas que eu dei da minha cama, que acabei por verter mais sangue do que lágrimas...

Anónimo disse...

Caro Dr. Grozny:
No que concerne aos temas que tem abordado na actualidade, apenas lhe poderei dar a minha opinião profissional:o dr. deveria consultar um terapeuta pois está claramente a regredir à fase oral,mais concretamente à fase oral tardia ou fase sádica-oral, na qual o objecto incorporado é vivenciado nos fantasmas da criança como sendo atacado, mutilado, absorvido e rejeitado no sentido da destruição.
Tenha calma com a vida, é um conselho.
Beijos de quem o quer bem...